quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Por aí, num campo europeu

Hoje dedicarei meu post a um amigo que perguntou-me
se havia parado de escrever (de novo). Pois bem, escreverei! Mas 
não sobre esse amigo (perdoe-me). Escreverei sobre um sonho;
longínquo e muito explorado em minha mente. 
Um sonho muito além dessas terras, muito além dessa vida que levo.
Talvez uma prévia de um futuro distante, consequência de uma 
vida batalhada; talvez não. Um sonho onde tenho muito claro os 
dourados raios de sol que iluminam os brilhantes folhas e caules, 
bases das lindas e louras pétalas de flores, as mais diversas, 
deste campo. Aonde há vida, aonde há luz, aonde há beleza 
interminável. Um verão único e inigualável. Um lugar onde não se vê 
o chão, como se sobrevoasse por ele, sob um tapete incrivelmente
amarelo e vivo. Aonde a luz invade o peito a cada passo, envolve o 
corpo com o ar tão puro e tão perfumado dos ventos.
Aonde o pisar é macio e encantado, como se não houvesse o pes
do corpo - um levitar da vida.Um lugar que faz a mente esvaziar, a 
faz entrar em transe nesta variedade tão verde. O céu é quase
fechado pela densa floresta ao redor, as nuvens são ralas deixando 
sobressair o maravilhoso azul celeste, praticamente branco, de 
tanta luz provinda do Sol. Os raios penetram por entre as brecha
das  folhas, iluminam cada pedaço existente, os enche de força. 
Vê-se a sombra de cada elevação, formando pequenos e baixos
morros coloridos que fazem o campo. E na clareira, apenas sua
imensidão - todo o brilho que pode oferecer, íntegro e imaculado, 
dedicado inteiro à beleza das flores ali crescidas. Crescidas sem 
esforço algum, apenas por que fazem parte daquela beleza toda, 
apenas por que são essa pureza toda, apenas por que é de sua 
natureza. A alegria entra por cada poro da pele. A satisfação e 
plenitude invadem e se espalham pelas veias. O correr é tão leve
que é quase flutuar. E por ali, a vida se desenrola, boa, viva, e
o mais importante, feliz.

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