quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Que venha um bom ano

E então, vem o novo ano novo.
Ouvimos as palavras "realização", "sucesso", "amor", "paz", "dinheiro"...
Pessoas escrevem essas palavras em suas roupas e pedem a Deus que aconteçam..
Mas, esse ano, inovarei.
Essas pobres palavras fatigadas, exaustas e comuns não cabem aqui neste texto. Aqui não terá espaço para elas; não pedirei mais dinheiro, não pedirei mais realizações.
Todos os anos as pedimos e todos os anos são a mesma coisa.
Pois então, pedirei um ano com menos mentiras para com o povo, com menos violência, com poucos acidentes, com menos imprudência, com menos ataques, com menos diferença entre raças, com menos preconceito, com menos mortes, com menos pobreza e sofrimento, com menos fome, com menos frio, com menos sede, com menos lágrimas, com menos sangue derramado, com menos corrupção, com menos ignorância, com menos desprezo, com menos falta de caráter, com menos brigas, com menos medo...
Parece que receamos dizer coisas ruins no ano que entra, mas se pedimos só coisas boas, esquecemos das ruins.
Acredito que um bom ano não se faz de pedir mais, se faz de pedir menos

e fazer mais. 

Com mais coisas boas, teremos o mesmo ou mais de coisas ruins. Com menos coisas ruins, teremos mais coisas boas, consequentemente.
A luta por aquilo que está ao nosso alcance, depende principalmente de nós. Não precisamos desejar que aconteça, precisamos simplesmente fazer a nossa paz, o nosso amor, nossas realizações..ter a coragem de levantar e conquistar. Isso é nosso, é de cada um. Aquilo que não nos compete, pedimos..
e rezamos para que aconteça.

Por aí, num campo europeu

Hoje dedicarei meu post a um amigo que perguntou-me
se havia parado de escrever (de novo). Pois bem, escreverei! Mas 
não sobre esse amigo (perdoe-me). Escreverei sobre um sonho;
longínquo e muito explorado em minha mente. 
Um sonho muito além dessas terras, muito além dessa vida que levo.
Talvez uma prévia de um futuro distante, consequência de uma 
vida batalhada; talvez não. Um sonho onde tenho muito claro os 
dourados raios de sol que iluminam os brilhantes folhas e caules, 
bases das lindas e louras pétalas de flores, as mais diversas, 
deste campo. Aonde há vida, aonde há luz, aonde há beleza 
interminável. Um verão único e inigualável. Um lugar onde não se vê 
o chão, como se sobrevoasse por ele, sob um tapete incrivelmente
amarelo e vivo. Aonde a luz invade o peito a cada passo, envolve o 
corpo com o ar tão puro e tão perfumado dos ventos.
Aonde o pisar é macio e encantado, como se não houvesse o pes
do corpo - um levitar da vida.Um lugar que faz a mente esvaziar, a 
faz entrar em transe nesta variedade tão verde. O céu é quase
fechado pela densa floresta ao redor, as nuvens são ralas deixando 
sobressair o maravilhoso azul celeste, praticamente branco, de 
tanta luz provinda do Sol. Os raios penetram por entre as brecha
das  folhas, iluminam cada pedaço existente, os enche de força. 
Vê-se a sombra de cada elevação, formando pequenos e baixos
morros coloridos que fazem o campo. E na clareira, apenas sua
imensidão - todo o brilho que pode oferecer, íntegro e imaculado, 
dedicado inteiro à beleza das flores ali crescidas. Crescidas sem 
esforço algum, apenas por que fazem parte daquela beleza toda, 
apenas por que são essa pureza toda, apenas por que é de sua 
natureza. A alegria entra por cada poro da pele. A satisfação e 
plenitude invadem e se espalham pelas veias. O correr é tão leve
que é quase flutuar. E por ali, a vida se desenrola, boa, viva, e
o mais importante, feliz.