terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Solstício

Existem vários dias ao longo do ano,
Contudo, apenas um longo, é mais.
O dia mais brilhante, o mais duradouro,
Do qual não esqueceremos jamais.

Desses, tive alguns poucos mas eternos
E desses alguns, contar-lhes-ei três
Uns felizes, outros tristes - eternos
Que junto à vida, comigo guardei

Primeiro deles, essencial - vitória;
Aquela trazida pelo esforço.
Sem crer e sem esperança ilusória.
Fui ao meu troféu, saltando como um corço

A segunda... meu ápice, a mais utópica:
A reunião dos mais doces dos sentidos,
Naquele momento não era atópica,
Descobri que era o que eu havia querido!

Mas, após alegrias... o dissabor...
E chegou o solstício mais doloroso:
Aquele onde o dia não tinha mais cor,
Infindável e pouco luminoso.

Não foi repentino... de esperar!
Mas a perda foi tão insuportável
Que na salinha, só o meu soluçar...
E aquelas lágrimas do "inconformável"...

Episódio que até hoje entristece.
Dia aziago, de uma perda irreparável
Intemporal, que sempre me enlouquece...
intempérie vivida e inconsolável.

Solstícios são, do ano, os dias mais compridos,
Quando o sol continua até o entardecer
Bons/ ruins, luminosos ou apenas claros...
são dias que nunca vamos esquecer

Nenhum comentário:

Postar um comentário