segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tão doce Carmina

Carmina de Todos os Santos,
carnificina de todos os homens.
vida aerada que tanto judia,
fazia tudo o que se pedia.
Santa menina, santa Carmina,
esquelética e tonta, ainda fascina;
sua pútrida pele leprosa,
domina ao seu cheiro exalar.
sua inteligência tão porosa
que de sua, nada tinha,
Andava por aí, toda prosa
com gente que não a merecia..
mas porque Carmina escolheu tal
vida de desgraças e só o mal?
Sua mãe, matou no parto,
Seu pai, fugio aos seus dissabores,
Em que se tornou a pobre Carmina?
Carne fétida de seios mirrados,
genitais sujas e rotas,
cabelo todo desgrenhado
Faz regurgitar qualquer um que passe.
E porque Carmina não me sai da mente?
Seus lábios pálidos e sucumbidos..
Oh, que lembrança!
Sua lastimável existência foi em vão..
Conheceu diversas alegorias,
ninguém nunca lembrou seu nome..

Mas eu lembrei!

Seu ar divertido de ignorância,
sua pobreza de todos os sentidos (era pobre até de pobreza)
sempre sobressairão à lembrança
de ver-te quebrada, combalida
gélida e morta.
Tão curioso e inesquecível dia fatídico...

Um comentário: